segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Pixu (Becky Cloonan, Fábio Moon, Gabriel Bá, Vasilis Lolos)



Primeiramente, devo admitir que não sou conhecedor do trabalho dos gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá, apesar de já ter ouvido falar muito bem deles. Por ouvir comentários tão bons a respeito, resolvi adquirir duas graphic novels deles: "Pixu" e "Daytripper". Essa segunda foi a mais elogiada e terei o prazer de publicar uma resenha aqui no blog quando lê-la. Em Pixu, Fábio Moon e Gabriel Bá trabalharam novamente com Becky Cloonan e Vasilis Lolos, os mesmo de "5".

E o que é Pixu? 


Segundo os autores, Pixu é uma marca maligna que significa uma morte eminente. Também seria um termo utilizado na medicina tradicional chinesa. Na história, tem muito mais a ver com a primeira opção.
Pixu é uma graphic novel de terror e conta a história de diferentes personagens que vivem em uma mesma casa dividida em cinco apartamentos. Os habitantes de cada um dos apartamentos levam suas vidas independentes dos outros. O que passa a ligá-los é a presença de algo maligno na casa, uma sensação de que algo está errado. Manchas negras (que parecem rascunhos feitos com tinha) vão, aos poucos, tomando conta de todos os ambientes da casa, como uma espécie de podridão. E, assim, vai mudando o comportamento dos moradores.
Cada desenhista ficou responsável por um "núcleo" de personagens. Um ponto forte da Pixu é que o enredo ficou tão coeso que não notamos diferenças e parece ter sido obra de uma única pessoa.
Não há o que reclamar dos desenhos. Em algumas partes são complexos, em outras, minimalistas. Todos são em preto, branco e cinza e, realmente, passam um clima de tensão. O ponto fraco, na minha opinião, é o fato de terem deixados as coisas obscuras demais. Quem é acostumado com histórias de horror sabe bem que, para gerar o clima de medo, torna-se necessário "esconder" algumas coisas. Deixar alguns elementos sem explicação para que o leitor, na sua imaginação, formule ideias que o façam compreender a história da sua maneira. Porém, em Pixu, tudo ficou obscuro demais e não houve um bom aprofundamento nos personagens. Tudo é muito rápido. O corte de um núcleo para outro é instantâneo. Acredito que a história seria bem mais interessante se o leitor pudesse conhecer mais sobre os personagens e realmente ter o sentimento de horror com o que está acontecendo na casa.



Para finalizar, digo que a obra é muito bonita e que seria interessante que cada um lesse para tirar suas conclusões e, enfim, concordar ou não com a minha opinião.
Além de Pixu, a Devir também lançou Pixu 2. Procurarei ler em breve e trarei a minha opinião.

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